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Diário do litoral 04/02/2016 -->
Página INICIAL BASTA DE VIOLÊNCIA
CAUSAS que levaram ao ato BASTA DE VIOLÊNCIA
VIOLÊNCIA contra a Mulher
Vejam também a página que mostra a PREPARAÇÃO do evento
FOTOS do evento
REPERCUSSÃO do Ato
OFÍCIO da Prefeita
MANIFESTO Basta de Violência
Carta de REIVINDICAÇÕES
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VIOLÊNCIA
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REPERCUSSÃO
Elas são de parar o trânsito – Ato “Violência, Basta!”
“Mulheres unidas jamais serão vencidas!” esse foi o grito escolhido para reger o ato “Violência, Basta!”. Criada dentro do Movimento Mulheres Progressistas, a manifestação, que pedia por paz, silenciou o apito do trem, caixas de som e os demais ruídos tão típicos da avenida Thiago Ferreira, em Vicente de Carvalho – Guarujá. Sob o sol escaldante, que lembrava o sol de “quase dezembro”, citado por Caetano Veloso em Alegria Alegria, a marcha das mulheres ganhou a simpatia e adesão dos passantes. Ao alcançarem a praça 14 Bis a caminhada já era encorpada por cerca de 150 pessoas, todos com o mesmo objetivo, pedindo por paz.
O ato “Violência, Basta!” passou a ser planejado no dia 23 de janeiro, com a confirmação da morte da estudante Fernanda Pimenta Cerqueira (37 anos), assassinada pelo ex companheiro. O caso de Fernanda foi o segundo Feminicídio dentro de Guarujá em menos de um mês. No dia 24 de dezembro de 2015, a fisioterapeuta Valdenize Santos (30 anos) também foi morta pelo ex namorado após ele ameaçar Valdenize e sua família. Paralelo aos dois assassinatos, dados divulgados pela Secretária de Estado da Segurança Pública demonstraram que no ano de 2015 ocorreram 261 denuncias de estupros na Baixada Santista. Em posse desses números alarmantes, as Progressistas em parceria com os amigos de Fernanda, a sociedade civil, a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB e outras entidades decidiram agir.
O primeiro encontro das Progressistas com os amigos de Fernanda e a direção da UNAERP aconteceu no dia 26 de janeiro, na universidade. A líder do movimento Mulheres Progressistas, Eliane Belfort, saiu da reunião satisfeita com a postura das mulheres presentes. “O alerta soou para as mulheres de toda a Baixada após o segundo Feminicídio em menos de um mês. Foi uma lição de maturidade das mulheres de vários coletivos femininos partidários que em véspera de eleição, se reuniram com respeito e camaradagem, para tratar de um tema que está acima de partidos, de ideologias e do calor das disputas eleitorais”, afirmou Eliane.
Na caminhada o clima realmente não teve nenhum tom de disputa. Mulheres e homens andaram lado a lado pedindo por paz, respeito e encorajando as mulheres a não se calarem por medo. A representante da União Brasileira de Mulheres e líder Progressistas, Andréa Moreira, afirma que o manifesto não se trata de um ato político, mas salienta que é de extrema importância a presença de representantes dos poderes executivo e legislativo na iniciativa. “Eles que elaboram as leis, nós dependemos deles também para mudar essa situação”. Em sua declaração, a ativista relembra de um equipamento de segurança pública que devia ser aliado na luta ao combate a violência a mulher, mas tem sido o suficiente: as delegacias especializadas. “Nós andamos nas comunidades e temos visto muitos relatos de mulheres que tem medo de denunciar. Em algumas cidades elas não tem uma casa de apoio para acolhe-las, quando chegam na delegacia elas são humilhadas porque não é uma delegacia especializada em mulher, algumas delegacias que possuem essa especialização não tem estrutura necessária para atender, temos muito que lutar”, declara Andréa.
Na carta distribuída pelas Progressistas durante o protesto, a associação citou a importância de se ter equipamentos de seguranças eficazes para o atendimento da mulher agredida. Também foi cobrado dos Vereadores e dos Chefes de Executivo uma postura mais ativa perante ao Governo do Estado. Ainda no texto lido pelas Mulheres Progressistas foi proposto a criação de um Observatório da Violência Contra a Mulher Da Baixada Santista. Eliane Belfort relata quais serão os próximos passos do grupo. “Muitas entidades estão caminhando ao nosso lado. Nosso próximo passo é levar as reivindicações da Baixada Santista ao Governador, como está descrito na carta. Paralelamente estaremos buscando apoio nas universidades, governos municipais, sociedade civil para organizar o observatório metropolitano da violência à mulher”, afirma Eliane.
Dados da ONU
De acordo com dados apresentados por uma pesquisa feita pela ONU, nove entre dez mulheres que são espancadas não denunciam a agressão. As justificativas mais utilizadas pelas mulheres que se calam é o medo de voltar a apanhar e o tratamento recebido nas delegacias. Na Baixada Santista existem sete delegacias de defesa da mulher, Bertioga e Itanhaém não contam com esse equipamento de segurança. Enquanto está matéria foi lida, duas brasileiras foram espancadas por seus maridos. A cada dois minutos uma mulher no Brasil sofre violência doméstica.
O Ato “Violência, Basta!” foi uma organização, em parceria, das Mulheres Progressistas, Amigos da Fernanda Pimenta Cerqueira e Unaerp. Entre as entidades presentes estavam a Unegro – SP, OAB-SP, Federação Sindical Mundial, Central dos Trabalhadores do Brasil, União Brasileira de Mulheres, CEES, Conselho Municipal das Mulheres de Guarujá, representantes das Câmaras Municipais de Guarujá, Santos, Bertioga, São Vicente e Cubatão, representantes dos Prefeitos das respectivas cidades e mulheres e homens de toda a Baixada Santista e São Paulo.
A Associação Mulheres Progressistas conduziu um ato pelo fim da violência contra a mulher. A iniciativa contou com a parceria da Prefeitura de Guarujá, Câmara Municipal, representantes de outras prefeituras e câmaras da Baixada Santista, expressões políticas de várias ideologias, uma série de movimentos da sociedade civil e a população em geral. Na Avenida Thiago Ferreira e Praça 14 Bis era uma única voz: "Violência, basta!"
Eduardo Caetano compartilhou o vídeo de Maria Antonieta de Brito.
Prefeita de Guarujá, Mulher Progressista e antenada, que mesmo sem poder comparecer ao evento, por motivo de força maior (vide OFÍCIO) enviou sua representante, Sra. Eliane Ribeiro dos Santos Silva, Secretária Municipal de Governo e Secretária Municipal Interina de Relações Institucionais
Ela inclusive postou um VÍDEO em sua página do Facebook, no mesmo dia do evento, quando estava em Brasília !
Ato pelo fim da violência contra a mulher, realizado pelas mulheres progressistas, em Vicente de Carvalho.
Publicado em 4 de fev de 2016
Um protesto pacífico marcou a tarde de quarta-feira, 3, no distrito Vicente de Carvalho, em Guarujá. Cerca de 130 pessoas, entre homens e mulheres, fizeram uma concentração no terminal de Barcas e seguiram em passeata até a Praça 14 Bis.
Vídeo confeccionado pela Mulher Progressista Tamara Caetano
Outro vídeo, bem amador...
Várias entidades, coletivos de mulheres, conselhos dos direitos da Mulheres, Direitos Humanos, Movimento de Mulheres, Movimentos de Mulheres Negras, Ordem dos Advogados do Brasil, universidades e a sociedade civil de forma organizada, estiveram reunidas no ato que aconteceu no final dessa tarde na Praça 14 Bis, no Guarujá, para dizer um Basta à violência contra as mulheres. A Câmara de São Vicente esteve representada pela nossa assessora Elys Santiago. Parabéns, Mulheres Progressistas!
