Eliane Belfort, fundadora do movimento Mulheres Progressistas, inicia uma nova atividade :
Comentarista Política do programa Hora da Notícia de Carlos Avlys, na Rádio Cacique Santos - AM - 1500 kHz.
Serão comentários sobre o cenário político nacional, de aproximadamente 10 minutos, veiculados às segundas-feiras, a partir das 12 horas.
Política da Hora Nº 40
Programa do dia 01/08/2016
Para ouvir o áudio, clique em http://www.mulheresprogressistas.org/hora/PoliticadaHora40.mp3
Maiores informações na página http://www.mulheresprogressistas.org/hora/holiticadahora40.htm
Boa tarde, ouvintes da Radio Cacique
O título do programa de hoje é: "Eleições e as mulheres"
A temporada de caça aos votos e busca de eleitores começou oficialmente, com a realização das convenções.
No palanque, vemos muitos homens se revezando, homens geralmente de meia idade.
Os jovens e as mulheres aparecem pouco, muito pouco.
As candidatas. percebemos, ainda são convidadas para cumprir cotas, é assim que querem os caciques, pois devem, no máximo, trazer votos para eleger os candidatos homens, cujas candidaturas são tidas como preferenciais dentro dos partidos.
Quase todas as candidatas com que conversamos, reclamam da falta de apoio de seus partidos, muitas pensam em desistir, mas a maioria delas se resignam a continuar candidatas, mas não fazem campanha.
Sabem que são apenas números para atingir a cota de 30%, que toda chapa precisa ter para cumprir a legislação eleitoral, que visa trazer equilíbrio nas Câmaras, onde impera a participação masculina.
O pensamento do legislador é claro, a democracia, para ser forte, tem que ser representativa, e as mulheres são 52% da população, mas não estão minimamente representadas nas casas da lei.
Vejamos: na baixada santista, dos nove municípios, apenas três deles tem representante feminina, e municípios importantes como Santos e Guarujá não tem mulheres em suas Câmaras.
A mulher entrou tarde na vida política, e conquistou o direito ao voto, não sem lutar contra o preconceito da maioria da sociedade, que a tinha como um ente menor, cuja vida deveria ser comandada por um homem, e ele cuidaria para que seu voto representasse o voto da família, e, por conseqüência, o voto da mulher.
Sessenta e oito anos se passaram, desde a conquista do voto feminino, e a mulher ainda não consegue participar da política, com respeito e muito menos com igualdade.
Os partidos alegam que não há mulheres que desejam ser candidatas, e é meia verdade.
As mulheres não querem participar voluntariamente de um espaço machista e preconceituoso, que as trata como um mal necessário, porque acreditam que elas deveriam mesmo estar em suas casas, fazendo "coisas de mulher", porque a maioria dos homens pensa e age como se política não fosse atividade para a mulher.
O desprezo, a falta de apoio moral e financeiro afasta as mulheres da política.
A legislação está sendo observada; os partidos cumprem a cota, preenchendo os 30% das vagas nas chapas que irão concorrer no próximo pleito, mas o espírito da lei está longe de ser observado, porque não há tratamento paritário, ou igualdade de oportunidades dentro dos partidos, para ambos os sexos.
A justiça eleitoral tem se mostrado disposta a corrigir estas distorções, com punições que poderão ir da impugnação das chapas em que as candidaturas das mulheres não obtiverem votos nem movimentação de recursos, demonstrada por falta de conta bancária, de movimentação na mesma, e outros sinais que mostram que a candidatura visa meramente o preenchimento de cota.
Esse procedimento será considerado crime eleitoral, com impugnação da chapa toda !
Este seria mesmo um grande passo para iniciar a moralização dos partidos, pois a democracia deve ser vivenciada em todos os espaços políticos, incluídos os partidos, que deveriam primar pela igualdade e democracia, para que a igualdade de gênero fosse uma realidade, não só de direito, mas também de fato.
Boa semana !
Eu sou Eliane Belfort, fale comigo pelo WhatsApp 013 98100-9555 ou acesse www.mulheresprogressistas.org
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