Maria da Penha Maia Fernandes
Vídeo
Vídeo - A vida de
Maria da Penha
Publicado a 21/10/2013
No STJ Cidadão desta semana você vai conhecer a vida da mulher que inspirou a
lei contra a violência doméstica no Brasil: Maria da Penha. A equipe do programa
foi até a casa dela em Fortaleza, no Ceará. Lá, ela contou da infância, da vida
em família, dos estudos, do casamento e da tragédia que a deixou paralítica.
Depois de muita luta, Maria da Penha conseguiu levar o governo brasileiro a
reconhecer a violência doméstica como crime. Desde 2006, a Lei vem mudando a
vida e a história de muitas mulheres, mas infelizmente, ainda não foi capaz de
reduzir os índices de violência.
No programa, você vai conhecer ainda a história de Helena. A exemplo de Maria da
Penha, teve coragem e denunciou a violência que sofria dentro de casa. Hoje ela
é escritora e ajuda outras mulheres a perderem o medo de denunciar.
Tudo isso você vai poder conferir no programa.
Política da
Hora 41
Programa do dia 08/08/2016
O tema do programa é :
10 anos da lei Maria da Penha
Missão:
Valores:
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Maria da Penha Maia Fernandes | |
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Nascimento |
1945 (71 anos) Fortaleza, Ceará |
Nacionalidade | brasileira |
Maria da Penha Maia Fernandes (Fortaleza, Ceará, 1945) é uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Com 71 anos e três filhas, hoje ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.
Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada pelo ex presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva a Lei Maria da Penha[1], na qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar.
Em 1983, seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou simulando um assalto, na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, Penha ficou paraplégica. Dezenove anos depois, seu agressor foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2004, hoje está livre.
O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Hoje, Penha é coordenadora de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará. Ela esteve presente à cerimônia da sanção da lei brasileira que é popularmente conhecida com o seu nome (lei 11.340[2]/06), junto aos demais ministros e representantes do movimento feminista.
A nova lei reconhece a gravidade dos casos de violência doméstica e retira dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor potencial ofensivo) a competência para julgá-los. Em artigo publicado em 2003, a advogada Carmem Campos apontava os vários déficits desta prática jurídica, que, na maioria dos casos, gerava arquivamento massivo dos processos, insatisfação das vítimas e banalização da violência doméstica.
Se não der para ler tudo, você pode checar este conteúdo no vídeo a seguir, criado em parceria com o Poços Transparente:
Maria pôde sair de casa graças a uma ordem judicial e iniciou uma árdua batalha para que seu agressor fosse condenado. Isso só aconteceria em 1991, mas a defesa alegou irregularidades no procedimento do júri. O caso foi julgado novamente em 1996, com nova condenação. Mais uma vez, a defesa fez alegações de irregularidades e o processo continuou em aberto por mais alguns anos. Enquanto isso, Heredia continuou em liberdade.
Nesse tempo, Maria da Penha lançou um livro, no ano de 1994, em que relata as agressões que ela e suas filhas sofreram do marido. Alguns anos depois, conseguiu contato com duas organizações – Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM) – que a ajudaram a levar seu caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998.
No ano de 2001, o Estado brasileiro foi condenado pela Comissão por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres. Foi recomendada a finalização do processo penal do agressor de Maria da Penha (que ocorreria finalmente no ano de 2002); a realização de investigações sobre as irregularidades e atrasos no processo; reparação simbólica e material à vitima pela falha do Estado em oferecer um recurso adequado para a vítima; e a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.
Foi assim que o governo brasileiro se viu obrigado a criar um novo dispositivo legal que trouxesse maior eficácia na prevenção e punição da violência doméstica no Brasil. Em 2006, o Congresso aprovou por unanimidade a Lei Maria da Penha, que já foi considerada pela ONU como a terceira melhor lei contra violência doméstica do mundo.Alguns dados recentes ajudam a demonstrar o tamanho do problema: mesmo com a Lei Maria da Penha já implementada, uma pesquisa de 2010 da Fundação Perseu Abramo demonstrou que cinco mulheres são espancadas a cada dois minutos no país; uma em cada cinco mulheres afirmaram que já sofreram algum tipo de violência de um homem, conhecido ou não; o parceiro é responsável por 80% dos casos reportados.
Antes da Lei Maria da Penha, os casos de violência doméstica eram julgados em juizados especiais criminais, responsáveis pelo julgamento de crimes considerados de menor potencial ofensivo. Isso levava ao massivo arquivamento de processos de violência doméstica, conforme levantado pela jurista Carmen Hein de Campos
. Na falta de instrumentos efetivos para denúncia e apuração de crimes de violência doméstica, muitas mulheres tinham medo de denunciar seus agressores. Pelo menos três fatores colaboravam para isso:Depois: com a nova lei, essa competência foi deslocada para os novos juizados especializados de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Esses juizados também são mais abrangentes em sua atuação, cuidando também de questões cíveis (divórcio, pensão, guarda dos filhos, etc).
Antes da Maria da Penha, essas questões deveriam ser tratados em separado na Vara da Família.
Depois
: com a alteração do parágrafo 9o do artigo 129 do Código Penal, passa a existir essa possibilidade, de acordo com os riscos que a mulher corre.Depois:
o Código Penal passa a prever esse tipo de violência como agravante.Depois:
a mulher só pode desistir da denúncia perante o juiz.Depois
: essas penas passaram a ser proibidas no caso de violência doméstica.Depois:
o juiz pode obrigar o suspeito de agressão a se afastar da casa da vítima, além de ser proibido de manter contato com a vítima e seus familiares, se julgar que isso seja necessário.Depois:
o juiz pode determinar a inclusão de mulheres dependentes de seus agressores em programas de assistência governamentais, tais como o Bolsa Família, além de obrigar o agressor à prestação de alimentos da vítima.8) Outras determinações da Lei 11.340
Além das mudanças citadas acima, podem ser citadas outras medidas importantes:
1) a mulher vítima de violência doméstica tem direito a serviços de contracepção de emergência, além de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s);
2) a vítima deve ser informada do andamento do processo e do ingresso e saída da prisão do agressor;
3) o agressor pode ser obrigado a comparecer a programas de recuperação e reeducação.
Críticas
Apesar dos avanços concretizados a partir da Lei Maria da Penha, existem críticas a esse dispositivo. Uma das mais freqüentes acusações é que a lei fere a garantia do artigo quinto da Constituição de que todos são iguais perante a lei, uma vez que se assume a mulher como a vítima e o homem como agressor. Como a lei não contempla a violência doméstica sofrida por homens – que é mais rara, mas existe – ainda falta um instrumento jurídico adequado para esse tipo de situação, em que o homem sofre grande constrangimento para realizar sua denúncia perante as autoridades policiais.
Você sofreu – ou conhece alguém que sofreu – violência doméstica?
Então ligue para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher.
Nesse número você receberá orientações sobre direitos e serviços para a população feminina em todo o país.
Fontes:
UFBA
–
Guia de Direitos
–
http://www.politize.com.br/tudo-sobre-a-lei-maria-da-penha/ Criado por
Bruno Blume
Bacharel em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e editor de conteúdo do portal Politize!
Abaixo colamos uma
pesquisa que fizemos sobre o tema:
Temos ainda muita coisa
no nosso site, abaixo passo os links
do nosso site, e outros externos. Acho que o programa
POLÍTICA DA HORA ,
UOL,
GLOBO
e Patrícia Galvão
são os melhores...
A CARTA CAPITAL fala sobre as
possíveis alterações do PL 07/16 POLÍTICA DA HORA
Política da Hora 41
Programa do dia 08/08/2016 GLOBO
http://especiais.g1.globo.com/politica/2016/maria-da-penha---10-anos-em-10-historias/ Patricia Galvão
Nesta página temos um vídeo:
http://www.mulheresprogressistas.org/Basta/violencia.htm
Direitos, responsabilidades e serviços
para enfrentar a violência GLOBO UOL BUSCA / VÍDEOS JusBrasil Carta Capital Do Google A lei n 11.340
de 2006, conhecida popularmente como lei Maria da Penha
, é a lei que visa coibir a ... Em 2016 a lei completará 10
anos que está em vigor..
14 de mar de 2016 - Pesquisa do Ipea aponta
redução de 10% nos homicídios de mulheres, nos últimos
10
anos, e atribui a queda à Lei Maria da Penha, que ..
O tema do programa é :
10 anos da lei Maria da Penha
'Foi a glória', diz Maria da Penha sobre criação da lei
Entenda a Lei Maria da Penha
Perguntas e respostas sobre a Lei Maria da Penha
Maria da Penha - 10 anos em 10 histórias
Dez anos da Lei Maria da Penha: nenhum retrocesso é aceitável
Dilma Rousseff
Especial para o UOL
Lei Maria da Penha completará 10 anos em
2016 | Notícias Jusbrasil
Lei Maria da Penha completa 10 anos
com polêmica proposta de ...
G1 – Política - Maria da Penha - 10
anos em 10 histórias - Globo
Bom Dia Brasil - Lei Maria da Penha
faz 10 anos, mas violência ...
Cidadania: Lei Maria da Penha completa
10 anos - Resumo das ...
Instituto Maria da Penha
Lei Maria da Penha reduz, mas
violência contra a mulher está longe ...