Eliane Belfort, fundadora do movimento Mulheres Progressistas, inicia uma nova atividade :
Comentarista Política do programa Hora da Notícia de Carlos Avlys, na Rádio Cacique Santos - AM - 1500 kHz.
Serão comentários sobre o cenário político nacional, de aproximadamente 10 minutos, veiculados às segundas-feiras, a partir das 12 horas.
Política da Hora Nº 15
Programa transmitido dia 18/01/2016
Para ouvir o áudio, clique em http://www.mulheresprogressistas.org/hora/PoliticadaHora15.mp3
Boa tarde, amigos da Cacique
O tema do programa de hoje é : Dormindo com o perigo
Parabenizamos a rápida intervenção da prefeita de Guarujá, na coordenação e gerenciamento de todos os entes responsáveis em debelar e minimizar os reflexos do incidente da Localfrio, através do Gabinete de Crise, montado rapidamente na Prefeitura, de onde saíam as estratégias coordenadas para a ação conjunta, e a comunicação perfeita, que com informações oficiais, foi distribuída à população por meio de boletins periódicos, que circularam nas redes sociais, numa verdadeira corrente de utilidade pública que minimizou a circulação de boatos, e o pânico na população.
O Gabinete de Crise foi eficiente e eficaz no que tange ao cuidado da população, com preocupação com a orientação de trânsito, o atendimento médico hospitalar e em prontos socorros, trazendo médicos do Exército e da Marinha, e o monitoramento das áreas mais atingidas, tudo funcionando harmonicamente.
Mas, passado este momento, em que toda a atenção foi para debelar uma crise aguda, percebemos que vivemos dentro do perigo, e pior, não sabemos a extensão deste perigo, e dos danos que podemos sofrer, pois percebemos todos que neste episódio, a empresa ignorava o que tinha dentro dos containeres, e sua localização.
Os bombeiros só descobriam em que material químico iriam trabalhar, somente após abrir os containeres.
As empresas, após receberem suas licenças ambientais ficam muito à vontade para gerenciar os riscos de movimentar e armazenar cargas perigosíssimas dentro de suas plantas, como se suas plantas fossem apartadas do município, como se seus visinhos não fosse a população do bairro, que na maioria das vezes chegou lá antes da instalação dessas empresas.
Não é razoável que a empresa não tenha um mapeamento por setor e tipo de produto armazenado, para fornecer prontamente aos Bombeiros e a Defesa Civil, no ato de atendimento de uma ocorrência sinistra, informações que possibilitem uma rápida tomada de decisões e ações.
Infelizmente, não é o que aconteceu nesse episódio, os bombeiros tateavam no escuro, até que foi tomada a decisão de abrir os containeres um por um, jogar o produto no pátio da empresa, para determinar sua composição química, e só então saber o produto certo para acabar com sua combustão.
Este é o segundo incidente grave em menos de um ano na região, envolvendo empresas do porto.
É preciso que a Companhia Docas, do Estado de São Paulo, a CODESP, a Secretaria do Meio Ambiente, através da CETESB tomem urgentes providências, e os municípios precisem discutir metropolitanamente uma metodologia de controle de risco com conhecimento da movimentação dos materiais, dos produtos perigosos dessas empresas, para que elas possam acompanhar e verificar sempre e periodicamente, através de suas secretarias de Meio Ambiente e Defesa Civil local, isso tudo logicamente com recursos técnicos e financeiros que devem vir do governo do estado e do governo federal.
São necessárias urgentes providências, pois hoje os municípios da baixada dormem com o perigo, e correm o risco de numa tarde chuvosa, dormirem coletivamente para sempre, por descuido de uma empresa irresponsável qualquer.
Eu sou Eliane Belfort, fale comigo pelo WhatsApp 013 98100-9555 ou acesse www.mulheresprogressistas.org
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