Eleitorado

Mulheres são maioria entre os eleitores da região

Cidades da Baixada Santista têm 1,3 milhão de pessoas aptas a votar: 53,37% delas são do sexo feminino

De A Tribuna On-line - 09/08/2016 - 15:09 - Atualizado em 09/08/2016 - 15:15

A Baixada Santista terá de novo mais mulheres do que homens indo às urnas nas eleições. No último pleito municipal, em 2012, elas eram 57,6% do eleitorado regional, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Pelos dados divulgados pelo órgão, há 1.332.885 eleitores nas nove cidades da região, sendo que 53,37% deles são do sexo feminino e 46,4% do masculino.

Ainda conforme o TSE, o próximo pleito municipal terá 144.088.912 eleitores aptos a votar em todo o País, no dia 2 de outubro. Há quatro anos, eram 138 milhões de eleitores.

Santos é a cidade que possui maior percentual de mulheres na região: dos 338.474 eleitores, 55,06% são mulheres. Os homens representam 44,7%.

Praia Grande, que poderá ter segundo turno pela primeira vez na história (veja destaque), conta com o segundo maior percentual de mulheres aptas a votar na região. Elas são 54,03% dos 201.571 eleitores no Município.

“A mulher é mais exigente e criteriosa com seu voto do que o homem, porque conhece mais de perto os serviços públicos. É mais difícil agradar a mulher”, avalia o cientista político Marcelo Di Giuseppe, diretor do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, Política e Estatística (Ibespe).

O especialista em marketing político Sérgio Trombelli aponta que os candidatos devem se ligar nas aspirações do eleitorado feminino, que tem a família como maior preocupação.

“Houve um tempo em que os homens mandavam no voto da mulher. Hoje em dia, a mulher vota em quem acha que deve votar e muitas vezes muda o voto do marido. Ela é uma peça extremamente importante no processo eleitoral”.

Por outro lado, a presença das mulheres em cargos públicos é baixíssima. Dos 128 vereadores da Baixada Santista, apenas cinco são do sexo feminino. Entre os nove chefes do Executivo, há três prefeitas.

“Os 30% de mulheres candidatas determinados por lei são preenchidos para cumprir tabela”, afirma a cientista política Jacqueline Quaresemin.

“A mulher cuida dos filhos, da família, da casa e dos pais e isso limita a atuação pública dela. Ela não consegue ter participação política”.

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