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Festival Cine Mulher - Tema 08 - Rev. 1

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Tema: Agressões físicas e psicológicas

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Agressões físicas e psicológicas

Agressão é um ato em que um indivíduo prejudica ou lesa outro(s) de sua própria espécie intencionalmente.

O comportamento agressivo em humanos pode ser definido em termos gerais como um comportamento social hostil, como o de infligir dano ou causar prejuízo a uma pessoa ou grupo.

Ainda é um tema controverso se esse comportamento de causar danos em alguém é devido à existência de um instinto ou se é resultante de múltiplas determinações motivacionais e circunstanciais.

Desde o final do século XX, diversos estudos têm apontado para o fato de que ambos os fatores estão presentes na manifestação desse fenótipo.

A agressão pode ter benefícios adaptativos ou impactos negativos para a espécie.

Na espécie humana, além da agressão capaz de causar lesão corporal, existem vários tipos de agressão: dirigida, verbal, deslocada etc., definidas por critérios de classificação jurídicos ou oriundos de diversas disciplinas científicas. A agressão distingue-se da predação por corresponder ao instinto de combate do animal e do homem dirigido contra o seu próprio congénere.

Segundo definição da Organização Mundial da Saúde, considera-se violência como o uso de força ou poder, real ou apenas ameaçado, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.
 


Vidas Partidas

História de Maria da Penha inspira o filme “Vidas Partidas”Produção aborda o problema crônico da violência doméstica
Por Anderson Gonçalves 05/08/2016 08:00

Naura Schneider vive mulher agredida pelo marido em “Vidas Partidas”| Foto: Divulgação/
Em 1983, uma mulher de 38 anos ficou paraplégica em Fortaleza (CE) após ter sido baleada pelo marido enquanto dormia. Seu nome era Maria da Penha Maia Fernandes. Ela mesma, a pessoa que, 23 anos depois do episódio, deu nome à lei que tornou crime a agressão física e psicológica contra mulheres. Sua história também é inspirou o filme “Vidas Partidas”, que estreia nos cinemas nesta quinta (4) abordando o problema crônico da violência doméstica.

O lançamento do filme, dirigido por Marcos Schechtman, coincide com os dez anos de vigência da Lei Maria da Penha, que serão completados no próximo domingo (7). Produzida e protagonizada pela atriz Naura Schneider, a produção tem paralelos com a história real, mas as referências são mais amplas. “A história da Maria da Penha não contempla os vários relatos que ouvi, alguns até mais fortes, que serviram de base para o filme”, conta Naura em entrevista à Gazeta do Povo.

Naura interpreta Graça, uma cientista que de início aparenta ter um casamento feliz com Raul (Domingos Montagner). O marido, que se mostra romântico e um dedicado pai de família, aos poucos vai revelando um lado violento e controlador. A descoberta de um filho fora do casamento e crises de ciúme cada vez mais fortes vão tornando a relação do casal cada vez mais conturbada.

Documentário
A violência doméstica foi tema do documentário “Silêncio das Inocentes”, dirigido pela atriz em 2013, no qual conta a história da criação da Lei Maria da Penha e apresenta depoimentos de mulheres vítimas de agressões. “Foram quase três anos de pesquisa, que serviram não apenas para embasar o roteiro, mas também como um laboratório”, afirma Naura, que desde o início tinha a intenção de interpretar a protagonista.

Segundo dados do Mapa da Violência 2015, o Brasil é o quinto país mais violento do mundo para as mulheres. Entre 2003 e 2013, uma média de 11 mulheres foram assassinadas por dia no país. “Esse é um problema que existe há muito tempo, mas que agora tem ganhado uma visibilidade maior. Pelo cinema de ficção, pela arte, fica mais fácil levar essa temática que é delicada ao grande público”, avalia Naura.

Nas últimas semanas a atriz participou de exibições do filme e debates sobre o assunto. Ela conta que, em todos os eventos, notou uma sensibilização por parte do público. “Vejo algumas mulheres chorando, outras vêm conversar comigo. Isso mostra o quanto essa situação mexe com elas e que, de alguma maneira, podemos ajudar a transformá-las”.